Os desafios da Comissão do Jovem Advogado

por Marília Constantino Vaccari, Breno Corrêa/Taís Korrouski

O atual momento de efervescência nas discussões entre os jovens advogados não poderia deixar de influenciar na cons­trução deste artigo. Isso porque, algo quase sobrenatural nos compele ao debate, ao ponto de, eternamente insatisfeitos, ávidos por mudanças, não pararmos de discutir.diferen­te, esse texto foi escrito a três mãos, discutido por mais seis e combatido por muitos outros até ser formatado cuidadosamente de forma a atingir e transcrever os fervorosos anseios do jovem profissional que compõe a nossa Comissão. Isso porque o jovem in­curso na advocacia é sedento por mudanças e sabe que para isso acontecer é necessária a união de pessoas com o mesmo ideal.

Importante é que, esse traço co­mum, que nos leva a acalorados e criteriosos debates, com críti­cas ácidas e construtivas, formam o todo de nossa essência e nos leva sempre ao resultado legítimo que é a posição de todos conden­sada em uma única e respalda­da opinião sobre o que se litiga.

Essa é a nova face, é o objetivo e a proposta dessa nova COJARP: fo­mentar o debate fundamentado, aliás, treino excepcional para a principal função do advogado que é a consistente argumentação.

E é neste propósito que inicia­mos, mantendo o que havia de bom nos trabalhos anteriormente propostos e também implantando algumas inovações. Não poderia ser diferente em se tratando des­se revolucionário profissional.

O que se pretende é promover a integração e participação dos jovens advogados no direciona­mento de nossa instituição. É de­monstrar a importância da OAB em seu exercício profissional, apoiando e organizando ações que mobilizem, propondo ques­tões de relevância para o desen­volvimento das atividades da advocacia cotidiana de todos nós e demonstrar o verdadeiro sig­nificado da denominação COLE­GA de trabalho, seja em início de carreira ou não, além de auxiliar no preparo dos novos inscritos.

A descontração fica por conta da espontaneidade característica do jovem profissional e o divertimen­to, muitas vezes, aparece na inge­nuidade apresentada em muitas oportunidades. É contagiante a possibilidade do crescimento inte­lectual e profissional num espaço comum, pois a dúvida, a opinião e o debate, diga-se, sempre marcan­te desse jovem incurso na carrei­ra, enriquecem e reacendem nos nossos veteranos, todo o fervor e a vontade de atuar de forma combativa e atirada. É um bál­samo para aqueles desiludidos e cautos causídicos. A força do jo­vem é a renovação indispensável ao exercício da advocacia, pois move e comove todos que por seus ideais se deixam envolver.

Temos apenas um alerta a fa­zer: a irreverência e a força do jovem advogado é contagiosa e pode ser facilmente transmi­tida a você, seja aos vinte, trin­ta, quarenta, cem anos. Basta se deixar envolver por nossos debates virtuais do grupo onli­ne (COJARP- Google groups) ou comparecer em nossas reuni­ões quinzenais (que acontecem na OAB – 12a. Subseção). O fato é que certamente, aquela cen­telha juvenil, logo se manifes­tará de forma irretratável: não tem cura e tampouco controle!