CONSELHOS AOS JOVENS ADVOGADOS

Por Fernando Santarelli Mendonça

                                   O presente artigo inspira atenção dos colegas, vez que primeiramente serve de conselhos aos jovens advogados, um texto que contém observações fundamentais de ordem ética e moral e conselhos a respeito do comportamento profissional.

                                   De se destacar, a necessidade da lealdade do advogado consigo mesmo, ao aceitar a causa, com a parte, com ex adverso e com o juiz, pautando-se o profissional para o correto exercício da profissão, sempre alicerçado no senso de justiça, na honestidade e na boa-fé.

                                   Vale lembrar que as diretrizes de como os advogados devem agir em relação ao seu cliente, publicidade e propaganda, aos membros do Poder Judiciário, sigilo profissional, idoneidade, capacidade e honorários advocatícios, se encontram em nosso Estatuto (EOAB Lei 8.906/94) e são de inestimável valia, não apenas aos que se iniciam nessa fascinante carreira, mas também aos que nela já se sentem veteranos e seguros.

                                   Esse texto é um convite à reflexão, um forte incentivo à valoração da ética e moral, instigado por diversos exemplos de profissionais que nos deparamos nos corredores forenses de nossa comarca, que praticam a profissão com coerência, ética, retidão, técnica, dedicação e honestidade, atributos cujos quais qualificam o profissional para o sucesso.

                                   Cada vez que estudo a advocacia e os grandes advogados da história, encontro a Ética e a Moral como sustentações, pilares, cruciais para a manutenção da verdadeira advocacia.

                                   Nessa esteira, gostaria de lembrar verdadeiros e valorosos conselhos cujos quais considero como marcantes:

“As causas não se dividem em pequenas e grandes, mas em justas e injustas. Nenhum advogado é rico o bastante para rejeitar causas justas, porque sejam pequenas, nem tão pobre que deva aceitar causas injustas, porque sejam grandes”

“Os advogados novos aprendem na Faculdade os princípios do Direito. Resta-lhes aprender como adaptar à prática esses princípios”

“Nãos busques, jovem advogado, o êxito fácil, rápido, porque o nome e a reputação do profissional do direito, produtos que são da maturação, se constroem passo a passo, paulatinamente, laboriosamente, ao longo do tempo”

                                   Por fim, o conselho que reputo como o mais importante: “No exercício da profissão, o advogado deve ser como a mulher de César, que não só devia ser honesta, mas também devia parecer honesta.” (Corrêa, Orlando de Assis. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Rio de Janeiro: Aide, 1995. P.141)